Foi o tempo que dedicaste à Rosa que a tornou tão importante.
Passamos os nossos dias aspirando que os nossos negócios naveguem sozinhos com a maturidade e o profissionalismo que idealizamos, para que possamos dedicar algum do nosso tempo a outros projectos profissionais e pessoais.
A verdade é que muitos de nós, líderes de negócios e equipas vivemos o nosso dia-a-dia no micromanagement sem o distânciamento necessário para desenhar e optimizar o planeamento e a delegação.
Ficamos escravos do tempo e não das prioridades, fisica e emocionalmente desgastados.

Tal como as casas não se controem pelo telhado, também as nossas equipas necessitam de boas fundações. Já dizia Saint-Exupéry, "Foi o tempo que dedicaste à tua rosa que a fez tão importante".
E o que é que isso tem a ver com as nossas equipas? Tudo a ver. A rosa é uma metáfora para cada uma das Rosas, Marias, Josés que temos nas nossas equipas. Temos que investir parte de nosso tempo a criar relação com os nossos colaboradores, a criar confiança, a orientá-los para a nossa missão e valores e a formá-los segundo padrões que sirvam a estratégia dos nossos negócios.
Devemos evitar delegar em outros colaboradores a formação core, pois por muito bem que cumpram essa tarefa, transferem também hábitos e rotinas pessoais e da organização que podem estrangular as ideias e sugestões de quem entra de novo e caímos imensas vezes na célebre frase "Sempre fizémos assim".
Com frequência assumimos também que os novos colaboradores que embarcam nas nossas organizações, tem formação e educação que lhes permite assumir os seus postos de trabalho sem qualquer dificuldade. Errado. É importante distinguir formação e educação de competências. Reflitam um pouco comigo, esta situação é tanto mais vísivel quanto mais necessárias sejam competências de inteligência emocional. Um front-office, por exemplo, seleccionado com pelas suas competências técnicas na área dos cuidados de saúde animal, boa apresentação e fluência. Nada disto nos garante, que é uma pessoa que adora falar com o nosso cliente, que sabe receber, que gere com segurança situações de crise, que sabe criar oportunidades, etc..
Perguntam-me agora, se os colaboradores fizerem uma boa formação na altura do acolhimento, vão fazer tudo bem? Não. Tal como nós não o fazemos. Mas este empowerment nas extremidades das nossas empresas é necessário para tornar os nossos negócios mais ágeis e cabe-nos a nós enquanto líderes e gestores, estar presente e suportar todas as situações que corram menos bem, corrigindo e motivando a fazer melhor.
Resumindo, um recrutamento atempado e à medida das necessidades do posto de trabalho e uma formação bem planeada são condições essenciais para nos libertar do micromanagement em fulltime.